ABDI reage ao tarifaço com plano para fortalecer bioeconomia da Amazônia

Acre

 

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A imposição de tarifas de até 50% pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros ameaça diretamente a bioeconomia da Amazônia Legal, segundo levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e do Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia (Ipam). Mais de 5 mil produtores e 216 empreendimentos da região devem ser afetados, especialmente aqueles ligados à exportação de itens como açaí, cacau, mel e óleos vegetais, que movimentaram cerca de R$ 894 milhões em 2024. Diante do impacto, a ABDI intensificou ações para diversificar mercados e fortalecer a industrialização local, buscando reduzir a dependência do comércio com os EUA.

A diretora de Economia Sustentável da ABDI, Perpétua Almeida, destacou que a medida tarifária agrava os desafios já enfrentados pelos produtores amazônicos, como infraestrutura precária e acesso limitado a mercados. Em resposta, a Agência acelera projetos estruturantes no Acre e em outros estados, como a expansão do Complexo Industrial do Café e a instalação de uma indústria de beneficiamento de açaí em Feijó. Também estão em curso iniciativas de rastreabilidade, certificação e apoio a cooperativas, com o objetivo de garantir padrões internacionais de qualidade e ampliar a competitividade dos produtos amazônicos.

Além das ações locais, a ABDI busca novas parcerias internacionais. Em missão recente à China, representantes da Agência apresentaram projetos estratégicos a autoridades e empresas, incluindo a gigante JD.com e o Banco dos BRICS. A proposta é viabilizar a exportação de produtos como café e açaí para o mercado asiático, com apoio logístico até o Porto de Xangai. A aproximação com a ApexBrasil também deve reforçar a promoção internacional da bioeconomia amazônica. Para Perpétua, o momento exige uma resposta estratégica: “A Amazônia vale mais em pé do que qualquer commodity. É hora de transformar barreiras em oportunidades.”