O governo do Acre lançou nesta sexta-feira (19) o Programa Cadeia Produtiva Especial, iniciativa voltada à promoção da inovação tecnológica e da sustentabilidade nas cadeias produtivas do abacaxi e da mandioca. A ação é coordenada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Acre (Fapac) e contempla agricultores familiares de Tarauacá e Rio Branco, com oferta de bolsas nas modalidades Inovação Tecnológica e Mentoria. O edital foi publicado no Diário Oficial do Estado e marca um esforço conjunto para valorizar produções identitárias e ampliar o uso de práticas sustentáveis no campo.
Segundo o presidente da Fapac, Moisés Diniz, o programa busca fortalecer a organização socioprodutiva e incentivar o manejo responsável do solo e da água. A proposta inclui a atuação de mentores junto aos produtores, promovendo capacitação e apoio técnico. Viabilizado por emendas parlamentares de cinco deputados estaduais, o projeto foca inicialmente em duas cadeias produtivas estratégicas: o abacaxi gigante de Tarauacá e a mandioca, principal cultivo agrícola de Rio Branco. A expectativa é que os resultados permitam a expansão do programa para outras regiões e produtos típicos do estado.
Além de garantir acesso a novas tecnologias, o programa pretende posicionar o Acre como referência em produção sustentável, com potencial de integração ao mercado internacional. Diniz destacou que o estado está estrategicamente localizado entre o Brasil e o mercado asiático, e que investimentos em inteligência artificial e inovação são essenciais para tornar as cadeias produtivas mais competitivas. As inscrições estarão abertas entre os dias 24 de setembro e 24 de outubro, com divulgação do resultado final prevista para 17 de novembro. A iniciativa representa um passo importante na construção de um modelo agrícola moderno, inclusivo e ambientalmente responsável.