O Acre encerrou o mês de setembro com 840 focos de incêndio, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa uma queda expressiva de 78,21% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 3.855 focos. No acumulado do ano, entre 1º de janeiro e 30 de setembro, o estado contabilizou 1.592 ocorrências, o que indica uma redução de 75% frente aos 6.592 focos registrados no mesmo intervalo do ano anterior. Apesar da melhora anual, setembro apresentou aumento em relação a agosto, que teve 517 focos, resultando em crescimento de 62,48%.
Além da redução geral, o Inpe destaca um dado positivo: em 12 dos 30 dias de setembro, não houve registro de queimadas no estado, o equivalente a 40% do mês sem focos ativos. Em 2024, apenas dois dias ficaram livres de incêndios. A diminuição das queimadas tem refletido diretamente na qualidade do ar. Em Rio Branco, às 8h36 da manhã de 1º de outubro, a concentração de partículas PM2,5 era de 7,4 µg/m³, segundo a plataforma suíça IQAir. Embora o índice esteja 1,5 vez acima do valor de referência da Organização Mundial da Saúde (OMS), a qualidade do ar foi classificada como “boa”.
A comparação com o ano anterior reforça o avanço ambiental. Em 3 de outubro de 2024, Rio Branco enfrentava uma situação crítica, com 139,3 µg/m³ de material particulado, sendo considerada a cidade com o ar mais poluído do país naquele dia. A melhora nos índices atuais sugere que as ações de prevenção e controle de queimadas podem estar surtindo efeito, embora o aumento pontual entre agosto e setembro indique a necessidade de atenção contínua. O cenário atual, ainda que não ideal, representa um alívio para a população acreana e um sinal de progresso ambiental.


