O Acre registrou queda na taxa de desocupação no segundo trimestre de 2025, segundo dados da PNAD Contínua divulgados pelo IBGE. O índice passou de 8,2% no primeiro trimestre para 7,3%, refletindo um avanço na ocupação e maior participação da população na força de trabalho. O número de pessoas ocupadas subiu de 311 mil para 324 mil, com destaque para o crescimento da informalidade, que atingiu 151 mil trabalhadores. O setor público absorveu 70 mil pessoas, enquanto o setor privado empregou 146 mil, sendo 85 mil com carteira assinada e 61 mil sem vínculo formal — este último número representa alta em relação ao trimestre anterior.
Apesar da melhora nos indicadores de emprego, o rendimento médio real do trabalho apresentou queda. O valor habitual recebido mensalmente caiu de R$ 2.693 para R$ 2.537, enquanto o rendimento efetivamente recebido recuou de R$ 2.856 para R$ 2.509. Entre os trabalhadores com carteira assinada no setor privado, a renda média passou de R$ 2.183 para R$ 2.131. Já os empregados sem carteira viram seus ganhos diminuírem de R$ 1.591 para R$ 1.471. Os dados indicam que, embora mais pessoas estejam trabalhando, a remuneração média tem perdido poder de compra, o que pode impactar o consumo e a qualidade de vida da população.
O levantamento também mostra que a taxa de participação na força de trabalho subiu de 51,8% para 53,7%, e o nível de ocupação avançou de 47,6% para 49,6%. Esses indicadores revelam uma retomada gradual da atividade econômica no estado, ainda que marcada por desafios como a precarização das relações de trabalho e a queda nos rendimentos. A informalidade continua sendo uma característica predominante no mercado acreano, o que reforça a necessidade de políticas públicas voltadas à geração de empregos formais e ao fortalecimento da renda dos trabalhadores.