Acre registra 67 internações por envenenamento em uma década, aponta estudo

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Entre 2015 e 2024, o estado do Acre registrou três mortes e 67 internações por envenenamento em unidades hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede). Os casos englobam intoxicações acidentais, de origem indeterminada e aquelas provocadas intencionalmente por terceiros. Embora os números sejam considerados baixos em comparação com outros estados da Região Norte, como o Pará (2.047 internações) e Rondônia (336), os episódios revelam a gravidade e o impacto direto dessas ocorrências na saúde pública local.

O levantamento aponta que os principais agentes causadores das intoxicações são medicamentos, produtos químicos e pesticidas, com variações na gravidade conforme o tempo de resposta médica. A necessidade de atendimento emergencial é constante, já que o envenenamento pode comprometer funções vitais em questão de minutos. Os dados também indicam que adultos jovens e crianças pequenas são os grupos mais vulneráveis, o que reforça a importância de campanhas educativas e ações preventivas voltadas ao uso seguro de substâncias potencialmente tóxicas em ambientes domésticos e rurais.

Especialistas alertam que, apesar da incidência relativamente baixa no Acre, cada caso representa um risco significativo e demanda atenção das autoridades de saúde. A subnotificação e a dificuldade de acesso a serviços especializados em áreas remotas podem mascarar a real dimensão do problema. A Abramede defende a ampliação da capacitação de profissionais da rede pública para o manejo de intoxicações e a criação de protocolos regionais que agilizem o atendimento.