Enquanto os Fundos Constitucionais de Financiamento apresentaram crescimento médio de 13% no país entre janeiro e agosto de 2025, o Acre seguiu em direção oposta e registrou queda de 30% nas contratações pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). Segundo dados divulgados pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), o estado movimentou R$ 355,4 milhões no período, bem abaixo dos R$ 507 milhões contratados no mesmo intervalo de 2024. O FNO, operado pelo Banco da Amazônia (Basa), tem como objetivo fomentar o desenvolvimento de empreendedores urbanos, produtores rurais e pequenas empresas na região.
Apesar do desempenho negativo no Acre, outros estados da Amazônia Legal apresentaram crescimento expressivo. O Amapá liderou em alta percentual, com 171% de aumento nas contratações, seguido pelo Amazonas, com 44%, e o Pará, que atingiu R$ 4,1 bilhões em financiamentos — um salto de 58% em relação ao ano anterior. No total, o FNO movimentou R$ 11,4 bilhões até agosto, com destaque para o setor rural, que concentrou R$ 6,04 bilhões em crédito, seguido por comércio e serviços (R$ 2,1 bilhões) e infraestrutura (R$ 1,6 bilhão).
Somando os três fundos constitucionais — FNO (Norte), FNE (Nordeste) e FCO (Centro-Oeste) — o país alcançou R$ 52,7 bilhões em contratações até agosto, com meta de atingir R$ 73,2 bilhões até o fim do ano. O setor rural permanece como principal motor dos investimentos, com R$ 18,7 bilhões liberados, seguido por comércio e serviços (R$ 12,9 bilhões) e infraestrutura (R$ 7 bilhões).
