O estado do Acre permanece integralmente sob influência da seca, conforme dados atualizados pelo Monitor de Secas, ferramenta coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Entre julho e setembro de 2025, os 152.581 km² do território acreano apresentaram algum grau de escassez hídrica, consolidando o estado como o mais afetado da região Norte. Apesar da estabilidade na extensão da área atingida, o levantamento indica que o Acre continua enfrentando um dos cenários mais críticos do país, ao lado de outras cinco unidades federativas que também registraram 100% de suas áreas sob seca.
Segundo o relatório, houve uma leve melhora entre agosto e setembro, com a redução da área classificada como seca moderada, que passou de 53% para 44% do território. Ainda assim, a totalidade do estado segue impactada, o que reforça a persistência do fenômeno e seus efeitos sobre o meio ambiente, a agricultura e o abastecimento hídrico. A seca prolongada tem exigido atenção das autoridades locais e federais, especialmente em relação à gestão de recursos naturais e à adoção de medidas preventivas para mitigar os impactos sobre comunidades vulneráveis.
O Monitor de Secas é elaborado com base em indicadores meteorológicos, hidrológicos e de vegetação, em parceria com instituições estaduais e federais. A ferramenta tem como objetivo acompanhar a evolução e a intensidade da seca em todo o território nacional, oferecendo subsídios técnicos para a formulação de políticas públicas. No caso do Acre, os dados reforçam a necessidade de estratégias integradas para enfrentar os desafios climáticos, que têm se intensificado nos últimos anos e exigem respostas coordenadas entre os entes governamentais.
