Acre tem segundo maior índice de MEIs em situação de vulnerabilidade no país

Acre

 

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Um levantamento inédito realizado pelo Sebrae, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, revelou um retrato preocupante da realidade dos microempreendedores individuais (MEIs) na região Norte do Brasil. No Acre, 54,8% dos MEIs estão inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), o segundo maior percentual do país, atrás apenas do Amazonas, que lidera com 56,3%. Os dados indicam que, embora formalizados, muitos desses pequenos negócios não têm sido suficientes para garantir a autonomia financeira das famílias envolvidas.

A pesquisa mostra que 41,7% dos microempreendedores acreanos vinculados ao CadÚnico são beneficiários do programa Bolsa Família, enquanto outros 6,4% recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Esses números evidenciam que a formalização, por si só, não tem sido capaz de romper o ciclo da pobreza em grande parte dos casos. A dependência de programas sociais entre os MEIs aponta para a necessidade de políticas públicas mais eficazes, que aliem incentivo ao empreendedorismo com estratégias de fortalecimento da renda e acesso a mercados.

O estudo é resultado de um acordo de cooperação entre o Sebrae e o governo federal, com o objetivo de cruzar dados e orientar ações voltadas à inclusão produtiva. A análise reforça o desafio de transformar o empreendedorismo em uma ferramenta efetiva de superação da vulnerabilidade social, especialmente nos estados da Amazônia Legal.