Enquanto o país debate cortes e ajustes fiscais, o Acre deu um passo ousado rumo à cidadania plena. Nos dias 17 e 18 de maio, Rio Branco sediou a Ação de Inclusão e Bem-Estar PCD – Edição 2025, um mutirão que mobilizou governo, sociedade civil e coletivos autônomos para oferecer, gratuitamente, serviços essenciais a pessoas com deficiência. De consultas médicas a emissão de documentos, o evento mostrou que inclusão se faz com presença e estrutura.
A iniciativa reuniu dezenas de entidades, como APAE, AFAC e o Movimento Orgulho Autista, que não apenas participaram, mas protagonizaram o evento. Autistas adultos ocuparam espaços de fala e articulação, exigindo políticas públicas concretas para saúde, diagnóstico e empregabilidade. A escuta ativa e a acessibilidade foram marcas registradas da ação, que atendeu centenas de pessoas com sensibilidade e respeito.
Com serviços que vão de cardiologia a cursos profissionalizantes, a ação deixou um recado claro: quando há vontade política e articulação social, o impossível vira rotina. “A participação dos autistas adultos neste espaço é um marco para o Acre”, afirmou a ativista Camala Menezes. O recado foi dado — e o exemplo, lançado.