Durante sessão na Câmara Municipal de Rio Branco, realizada na última terça-feira (9), o vereador André Kamai (PT) criticou o projeto de lei enviado pelo Executivo que prevê o aumento do subsídio à empresa Rico, responsável pelo transporte coletivo na capital. Segundo o parlamentar, a proposta chegou à Casa sem qualquer estudo técnico, planilhas de custos ou justificativas que embasem o pedido. Kamai destacou que a empresa já recebeu mais de R$ 100 milhões em subsídios, sem apresentar melhorias no serviço, como reajuste salarial aos trabalhadores ou renovação da frota.
O vereador também mencionou denúncias envolvendo a Rico, como uma dívida de quase R$ 4 milhões com uma empresa de Goiânia, da qual teria sublocado 50 ônibus. Ele criticou a qualidade dos veículos, a ausência de garagem adequada e a redução de linhas operadas. Kamai afirmou que a Prefeitura tenta aprovar o aumento do subsídio sem apresentar dados que justifiquem a medida, tratando o Legislativo como “mero carimbador”. Segundo ele, a última atualização do portal de transparência do transporte coletivo ocorreu ainda na gestão do ex-prefeito Marcus Alexandre, e desde então os dados não foram mais disponibilizados.
Diante da situação, Kamai protocolou um novo requerimento solicitando informações detalhadas sobre o contrato, incluindo o estudo tarifário que comprove o custo real por passageiro transportado. Ele reforçou que a responsabilidade pela gestão do contrato é da Prefeitura e que o Legislativo não pode ser responsabilizado por decisões sem embasamento técnico. “Antes de qualquer deliberação, precisamos entender os fundamentos do pedido e garantir que ele esteja alinhado com os interesses da população”, concluiu.