A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, a partir de 1º de agosto, a bandeira tarifária aplicada às contas de energia elétrica será Vermelha, patamar 2, implicando em uma cobrança extra de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos. A medida decorre da baixa disponibilidade hídrica nas usinas hidrelétricas, o que tem exigido maior uso de fontes alternativas de geração, como as termelétricas, de custo mais elevado. A decisão representa um novo salto na estrutura tarifária, que até abril se encontrava no nível Verde, sem acréscimos, passando para Amarela em maio e Vermelha patamar 1 nos meses seguintes.
Segundo a Aneel, o atual quadro de afluência abaixo da média em diversas regiões brasileiras prejudica a geração hidrelétrica e obriga o acionamento de fontes mais onerosas. Em comunicado oficial, a agência ressaltou a importância da conscientização no consumo, recomendando práticas de economia de energia como forma de mitigar o impacto financeiro aos consumidores e preservar recursos naturais. A mudança reforça a necessidade de atenção às condições climáticas e à infraestrutura energética do país, que ainda enfrenta desafios de diversificação e sustentabilidade.
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias tem como objetivo informar mensalmente a situação da geração de energia no Brasil. Os critérios para definição do nível vigente consideram fatores como regime hídrico, avanço de fontes renováveis e acionamento de usinas térmicas. Antes da adoção desse modelo, os custos variáveis eram incorporados apenas nos reajustes anuais, o que dificultava a percepção imediata da realidade do setor. A Aneel afirma que, mesmo com o aumento, o uso consciente da energia pode reduzir os efeitos da nova tarifa e colaborar com o equilíbrio do sistema elétrico nacional.