 |
| Foto: Dircom |
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados pelo IBGE, revelam que apenas 49,7% da população acreana em idade de trabalhar estava ocupada no segundo trimestre de 2025. Dos 653 mil habitantes aptos ao trabalho, apenas 324 mil exerciam alguma atividade remunerada. A taxa de desocupação no estado foi de 7,3%, com 26 mil pessoas buscando emprego sem sucesso. O levantamento mostra ainda que o setor privado emprega 146 mil pessoas, sendo 85 mil com carteira assinada e 61 mil sem vínculo formal. O setor público absorve 70 mil trabalhadores, enquanto 91 mil atuam por conta própria e 16 mil em atividades familiares auxiliares.
A informalidade continua sendo uma característica marcante do mercado de trabalho acreano. Segundo o IBGE, 151 mil pessoas trabalham sem carteira assinada ou exercem atividades autônomas sem contribuição à previdência social. Isso representa quase metade dos ocupados, indicando um cenário de vulnerabilidade, com ausência de garantias trabalhistas e previdenciárias. A informalidade compromete o acesso a direitos básicos como aposentadoria, auxílio-doença e estabilidade profissional, além de dificultar o planejamento econômico das famílias.
Outro dado relevante é o da subutilização da força de trabalho, que atinge 70 mil pessoas no estado. Esse grupo inclui indivíduos que gostariam de trabalhar mais horas ou que estão disponíveis para o mercado, mas não conseguem encontrar uma ocupação adequada. A subutilização reflete a dificuldade de absorção da mão de obra em setores formais e a limitação de oportunidades compatíveis com a qualificação dos trabalhadores. Os números reforçam a necessidade de políticas públicas voltadas à geração de emprego, formalização e capacitação profissional no Acre.
