A arma de fogo utilizada pelo advogado Keldheky Maia da Silva durante a briga que resultou na morte da assessora jurídica Juliana Chaar, em frente a uma casa noturna de Rio Branco no dia 21 de junho, já havia sido empregada em um homicídio anterior. A informação foi confirmada nesta terça-feira (12) pelo delegado Pedro Paulo Buzolin, responsável pelas investigações. Segundo ele, a conclusão foi obtida por meio de perícia técnica, que identificou o armamento como o mesmo usado na execução de Victor Vinny Pinheiro da Costa, de 28 anos, em outubro de 2024.
Na ocasião, Victor foi alvejado por disparos enquanto descansava em uma rede na varanda da casa do irmão. Testemunhas relataram que o autor dos tiros agiu por ciúmes, após a ex-namorada iniciar um relacionamento com a vítima. O crime ocorreu em via pública e foi classificado como execução. Apesar da conexão entre os dois casos por meio da arma, o delegado esclareceu que não há indícios de que Keldheky tenha participado do homicídio anterior. A suspeita é de que ele tenha adquirido o armamento posteriormente, sem conhecimento de seu histórico.
A revelação adiciona um novo elemento à investigação sobre a morte de Juliana Chaar, que já vinha mobilizando atenção pública e jurídica. A Polícia Civil segue apurando os detalhes do caso, enquanto a origem da arma será investigada para esclarecer como ela chegou às mãos do advogado. A descoberta reforça a complexidade do episódio e levanta questionamentos sobre o controle de armas de fogo em circulação no estado. Até o momento, não há confirmação sobre novas medidas judiciais relacionadas ao uso do armamento.