Assassinato brutal de jovens em Cruzeiro do Sul expõe atuação violenta do “tribunal do crime”

Acre

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A Polícia Civil do Acre confirmou, nesta última quarta-feira (28), a descoberta de dois corpos enterrados em covas rasas no bairro Cruzeirão, em Cruzeiro do Sul. As vítimas, Thiago Silva e Rian Barroso de Brito, estavam desaparecidas há dias e foram identificadas após investigações conduzidas pela delegacia local. Segundo o delegado Everton Carvalho, os jovens foram mortos com extrema violência por integrantes de uma facção criminosa, em ações atribuídas ao chamado “tribunal do crime”. Os corpos apresentavam sinais de tortura, com uso de martelo, decapitação e remoção de órgãos, o que indica um padrão de execução com requintes de crueldade.

As investigações apontam que os assassinatos ocorreram em datas distintas: Thiago teria sido morto entre os dias 22 e 23 de maio, após ser acusado de furtar fios de uma unidade de saúde. Já Rian foi executado entre os dias 26 e 27, supostamente por envolvimento em um caso de estupro de vulnerável. A polícia acredita que as mortes foram ordenadas como forma de punição interna, prática comum entre facções criminosas que impõem regras e sentenças à margem da lei. A brutalidade dos crimes reacende o alerta sobre o avanço da violência organizada no interior do estado.

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Até o momento, uma pessoa foi presa e dois adolescentes foram apreendidos por suspeita de participação direta nas execuções. A Polícia Civil informou que outras pessoas já foram identificadas e novas prisões devem ocorrer nos próximos dias. O delegado destacou a rapidez da equipe de investigação na elucidação do caso, mas reconheceu que o episódio evidencia o desafio crescente no combate ao crime organizado na região. As autoridades reforçam a importância da colaboração da população com denúncias anônimas para conter a escalada da violência.