Em julho, 5,6 mil famílias acreanas deixaram de receber o Bolsa Família após apresentarem melhora na renda, seja por vínculo com empregos formais ou iniciativas empreendedoras. O dado, divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, é interpretado como sinal positivo da eficácia das políticas voltadas à inclusão produtiva e ao enfrentamento da vulnerabilidade social. A vice-governadora e secretária de Assistência Social, Mailza Assis, destacou que os números demonstram avanço na independência financeira das famílias: “Essa é a verdadeira função do programa”, afirmou. O resultado, segundo ela, reflete uma atuação mais forte da rede de proteção e suporte à autonomia.
Do total de desligamentos, 3,5 mil famílias encerraram a Regra de Proteção após dois anos recebendo metade do valor do benefício. Outras 2 mil ultrapassaram o limite de renda per capita de R$ 218 mensais exigido para permanência. Para a diretora de Políticas Públicas da SEASDH, Siomary Benevides, os dados indicam que o Acre está gerando oportunidades, elevando a dignidade de milhares de cidadãos. Já o coordenador estadual do Bolsa Família, Ismael Maia, ressaltou que o êxito se deve ao esforço conjunto entre Estado e municípios, com foco na atuação intersetorial entre educação, saúde e assistência social, promovendo inclusão econômica e combate à pobreza.
Apesar das saídas, o programa ainda atende mais de 128 mil famílias no estado, com investimento federal de R$ 92,2 milhões em julho. O valor médio do benefício é de R$ 720,85, com destaque para o Benefício Primeira Infância, que destina R$ 150 a crianças de até seis anos, alcançando 70,6 mil crianças. O município de Rio Branco lidera em número de beneficiários, enquanto Santa Rosa do Purus possui a maior média de valor recebido. As estatísticas refletem não apenas a melhoria das condições sociais de parte da população, como também a importância da manutenção e qualificação contínua da gestão pública voltada às famílias que ainda dependem do auxílio.