Representantes de instituições públicas e da sociedade civil do Acre divulgaram uma nota de repúdio aos ataques sofridos pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado, realizada nesta última terça-feira (27). O documento, assinado por membros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AC), Ministério Público do Acre (MP-AC), Prefeitura de Feijó, ambientalistas e conselheiros de tribunais de contas de outros estados, denuncia a violência política de gênero e o desrespeito à trajetória da ministra.
Segundo a nota, a audiência, que deveria tratar de temas relevantes para o futuro ambiental do país, foi marcada por interrupções, insinuações ofensivas e tentativas de intimidação por parte de alguns senadores. As autoridades destacam que o episódio revela a resistência de determinados setores políticos ao debate sobre modelos sustentáveis de desenvolvimento. A manifestação de apoio ressalta o compromisso de Marina Silva com a justiça socioambiental e a igualdade de gênero, e alerta para a necessidade de proteger o espaço democrático de atuação das mulheres na política.
Em entrevista à imprensa, Marina Silva afirmou ter se sentido agredida, mas reforçou que saiu fortalecida do embate. A ministra também recebeu apoio do presidente Lula, que entrou em contato após o ocorrido. O episódio gerou ampla repercussão e mobilização de lideranças políticas e sociais, que veem na reação da ministra um símbolo de resistência e firmeza diante de ataques que extrapolam o debate institucional. A nota conclui com um apelo à mobilização em defesa da democracia, da justiça ambiental e do respeito às mulheres na vida pública.