O Banco do Brasil (BB) denunciou à Advocacia-Geral da União (AGU) uma série de postagens nas redes sociais que, segundo a instituição, disseminam informações falsas e incitam a retirada em massa de recursos por correntistas. Entre os autores citados está o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que publicou um vídeo afirmando que o BB seria cortado das relações internacionais, o que levaria à sua falência.
As publicações foram feitas nas plataformas X, Instagram, Threads e YouTube, e começaram a circular no dia 19 de agosto. No vídeo publicado em seu canal, Eduardo Bolsonaro — que possui mais de 1,7 milhão de seguidores — levanta suspeitas sobre a estabilidade do banco, gerando preocupação entre os clientes.
Além de Eduardo, o BB também denunciou o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) e o advogado Jeffrey Chiquini, defensor do ex-assessor presidencial Filipe Martins, por postagens consideradas difamatórias e atentatórias à soberania nacional.
A presidente do BB, Tarciana Medeiros, criticou publicamente o movimento em evento realizado no dia 20, sem citar nomes. No ofício enviado à AGU, o banco alerta que os ataques podem configurar crimes contra o Estado Democrático de Direito, o Sistema Financeiro Nacional e a soberania nacional, além de violação de sigilo bancário.
O BB também mencionou que a campanha de desinformação está relacionada à aplicação da Lei Magnitsky, após o cancelamento do cartão internacional do ministro Alexandre de Moraes. A medida, segundo o banco, gerou interpretações equivocadas nas redes sociais, levando clientes a buscar esclarecimentos por medo de sanções inexistentes.
Ministros do governo, como Fernando Haddad (Fazenda) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), atribuíram a campanha a grupos bolsonaristas. O BB pede que a AGU avalie medidas judiciais para conter a disseminação de informações falsas que colocam em risco a estabilidade do sistema financeiro e a economia nacional.