Durante o ato bolsonarista realizado no feriado de 7 de Setembro, na Avenida Paulista, em São Paulo, a presença de uma bandeira dos Estados Unidos em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) chamou atenção e gerou controvérsia. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) justificou o gesto como uma homenagem ao ex-presidente norte-americano Donald Trump, afirmando que o ato foi “pela liberdade e contra Alexandre de Moraes”, ministro do Supremo Tribunal Federal. A manifestação, marcada por críticas ao STF e pedidos de anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro, contou com a participação de figuras como Michelle Bolsonaro, o governador Tarcísio de Freitas e o pastor Silas Malafaia.
Nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro compartilhou imagens da bandeira norte-americana estendida sobre a via, além de cartazes com mensagens de apoio a Trump e críticas ao Judiciário brasileiro. O deputado também republicou uma postagem do estrategista Jason Miller, aliado de Trump, que exaltou o “amor” demonstrado pelos brasileiros ao ex-presidente dos EUA. Entre os elementos do ato, chamou atenção um “Espetinho do Donald Trump”, com referência à Lei Magnitsky, usada por Trump para sancionar autoridades estrangeiras. A exibição da bandeira estrangeira em pleno Dia da Independência provocou reações de parlamentares e integrantes do governo, que classificaram o gesto como afronta à soberania nacional.
O episódio reacendeu o debate sobre os limites da liberdade de expressão e o uso de símbolos estrangeiros em manifestações políticas. Para críticos, o ato representa uma tentativa de internacionalizar pautas ideológicas e enfraquecer instituições democráticas brasileiras. Já os apoiadores de Bolsonaro defendem o gesto como expressão legítima de apoio a líderes conservadores internacionais. Em meio ao julgamento de Jair Bolsonaro e aliados no STF, a manifestação reforça a polarização política e evidencia os desafios enfrentados pela democracia brasileira em tempos de tensão institucional.