A Polícia Civil e a Vigilância Sanitária de São Paulo apreenderam nesta quarta-feira (1º) ao menos sete caixas de garrafas suspeitas em um dos estabelecimentos que fornecem bebidas ao bar Ministrão, interditado no dia anterior por suspeita de comercializar produtos adulterados com metanol. A ação conjunta ocorreu no bairro da Bela Vista, região central da capital, onde foram encontradas garrafas de marcas conhecidas de cachaça, tanto cheias quanto vazias, que serão submetidas à análise pericial. A investigação ainda não confirma se o fornecedor é responsável direto pelas bebidas contaminadas vendidas no bar.
A operação, que conta com o apoio da Secretaria da Fazenda, também se estendeu a dois estabelecimentos em Barueri, na Grande São Paulo. Segundo o governo estadual, foram registrados 22 casos de intoxicação por metanol, sendo sete confirmados, incluindo uma morte. Outros 15 casos permanecem sob suspeita, com quatro óbitos em análise. Entre segunda (29) e terça-feira (30), três bares foram interditados pela Vigilância Sanitária, dois deles na capital, nos bairros dos Jardins e da Mooca, onde mais de 800 garrafas sem rótulo e sem origem comprovada foram apreendidas. Em São Bernardo do Campo, outro bar foi fechado e teve bebidas encaminhadas para perícia.
O bar Ministrão, localizado na Rua Ministro Rocha Azevedo, está entre os estabelecimentos interditados. De acordo com Manoel Bernardes, diretor do Centro de Vigilância Sanitária, o local adquiriu bebidas de um vendedor de rua, sem nota fiscal. O proprietário, Zé Rodrigues, foi conduzido à delegacia e negou irregularidades, embora tenha confirmado a compra informal. A investigação segue em andamento, com foco na origem das bebidas e na responsabilização dos envolvidos. As autoridades reforçam o alerta sobre os riscos da ingestão de produtos sem procedência e intensificam a fiscalização em toda a região metropolitana.


