Base aliada de Lula se fragmenta e amplia aproximação com centro-direita para 2026

Acre

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Foto: Ricardo Stuckert


A relação entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e partidos da base aliada enfrenta seu momento mais delicado desde o início do terceiro mandato. Siglas como PP, União Brasil, PSD, MDB e Republicanos, que juntas ocupam 11 ministérios, têm intensificado críticas ao Planalto e sinalizado apoio a uma alternativa política de centro-direita para as eleições de 2026. A movimentação já se reflete em derrotas legislativas e discursos públicos que questionam a permanência dessas legendas na estrutura do governo.

Entre os episódios recentes que evidenciam o distanciamento estão o apoio à instalação de uma CPI sobre descontos do INSS, a resistência ao aumento do IOF e a votação que suspendeu a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), com apoio expressivo de partidos da base. Além disso, lideranças dessas siglas participaram de eventos com figuras do bolsonarismo, como Jair Bolsonaro e o governador Tarcísio de Freitas, reforçando a articulação de uma frente política alternativa.

A falta de coesão na base governista tem dificultado a articulação de projetos no Congresso e ampliado o isolamento do Executivo. Nomes como Ronaldo Caiado, Romeu Zema, Ratinho Júnior e Eduardo Leite despontam como possíveis candidatos à Presidência em 2026, enquanto figuras como Michel Temer buscam construir uma agenda comum entre governadores. A crise evidencia o desafio do governo em manter alianças estáveis e garantir apoio legislativo em meio a um cenário político cada vez mais fragmentado.