A ausência completa da bancada do Partido Liberal (PL) na Câmara Municipal de Rio Branco em uma manifestação pró-Bolsonaro, realizada neste domingo, 3 de agosto, gerou críticas públicas do prefeito Tião Bocalom, também filiado à sigla. Nenhum dos três vereadores do partido — Raimundo Neném, Joaquim Florêncio e Antonio Morais — compareceu ao ato, que reuniu apoiadores do ex-presidente na praça do Palácio e da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), no centro da capital.
Durante o evento, Bocalom discursou ao lado da esposa, Kelen Nunes, e cobrou uma postura mais clara da legenda no estado. Dirigindo-se ao presidente estadual do PL, Edson Siqueira, o prefeito afirmou que “não dá para ser camaleão” e pediu que o partido “ajude a separar o joio do trigo”. A manifestação teve como pauta principal o pedido de anistia a Jair Bolsonaro, que responde no Supremo Tribunal Federal por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de estado. O único parlamentar do PL presente foi o deputado estadual Arlenilson Cunha.
A ausência dos vereadores reacendeu o debate sobre a unidade interna do PL no Acre e sua relação com o bolsonarismo. Enquanto Bocalom reforça seu alinhamento com o ex-presidente, parte da bancada municipal parece adotar uma postura mais cautelosa. Bolsonaro, que cumpre medidas cautelares e usa tornozeleira eletrônica, não participou das manifestações organizadas nacionalmente. A repercussão do episódio pode influenciar futuras decisões partidárias e o posicionamento político local, especialmente em um cenário de polarização crescente.