Diante do agravamento da estiagem que atinge Rio Branco desde maio, o prefeito Tião Bocalom decretou, nesta quarta-feira (6), situação de emergência no município. A medida, assinada em cerimônia no gabinete do prefeito, tem como objetivo acelerar a resposta à crise hídrica, permitindo a mobilização de recursos estaduais e federais para ações emergenciais. O decreto terá validade de 180 dias e autoriza a elaboração de planos de trabalho voltados à distribuição de água potável, alimentos e apoio direto a produtores rurais afetados pela seca.
O coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, explicou que a decisão foi tomada após mais de 20 dias de monitoramento intensivo nas zonas urbana e rural. A estiagem já compromete o abastecimento de água e a produção agrícola, exigindo medidas como o uso de caminhões-pipa para atender comunidades isoladas. Apesar da gravidade da situação, o município tem conseguido evitar desastres secundários, como queimadas e poluição do ar, graças à colaboração da população, que tem evitado práticas de risco, como a queima de resíduos.
Com previsão de chuvas regulares apenas a partir de novembro, a Prefeitura reforça o apelo à população para o uso consciente da água e o descarte adequado de resíduos. A expectativa é repetir e ampliar ações realizadas em 2024, quando cerca de 96 toneladas de alimentos foram distribuídas a famílias em situação de vulnerabilidade. Segundo Bocalom, o decreto garante os instrumentos legais necessários para agir com rapidez e proteger a população: “Nosso compromisso é garantir que ninguém fique desassistido diante dessa crise”, afirmou o prefeito.