No primeiro trimestre de 2025, o Brasil atingiu um recorde histórico nas correntes de comércio com a China e os Estados Unidos, em meio à intensificação da guerra comercial entre Pequim e Washington. Entre janeiro e março, o comércio entre Brasil e China ultrapassou US$ 38,8 bilhões, com US$ 19,8 bilhões em exportações brasileiras e US$ 19 bilhões em importações. As importações vindas da China aumentaram 35%, impulsionadas principalmente pelo grupo “Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes”, que movimentou US$ 2,7 bilhões.
A relação comercial com os Estados Unidos também bateu recorde, alcançando US$ 20 bilhões no primeiro trimestre de 2025. O Brasil exportou US$ 9,7 bilhões para os EUA e importou US$ 10,3 bilhões, representando um crescimento de 6,6% em relação ao mesmo período de 2024. Entre os principais produtos exportados pelo Brasil aos EUA, destacam-se sucos, óleos combustíveis, café não torrado, aeronaves e semiacabados de ferro ou aço. Por outro lado, as importações de óleos brutos de petróleo, medicamentos, motores e máquinas não elétricos, entre outros, também registraram alta.
O governo federal está monitorando de perto o aumento nas importações chinesas, especialmente devido ao impacto do “tarifaço” de Donald Trump. Com a redução temporária da demanda por produtos chineses nos Estados Unidos, o Brasil pode se tornar um dos principais destinos para onde Pequim redireciona suas exportações. A balança comercial brasileira com os EUA permaneceu deficitária, apesar do crescimento nas exportações e importações.
