A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga um caso estarrecedor: Tania D’Ottavio, suspeita de envolvimento na morte do próprio pai, teria dormido ao lado do cadáver por pelo menos seis meses. O corpo de Dário D’Ottavio, de 88 anos, foi encontrado em avançado estado de decomposição na casa da família, na Ilha do Governador. Ao lado da cama, potes de comida indicam que a rotina da casa seguiu mesmo com o esqueleto presente.
Tania e seu irmão, Marcelo, foram internados sob escolta policial após apresentarem sinais de transtornos psiquiátricos. Ambos foram autuados por ocultação de cadáver, resistência e lesão corporal. Vizinhos relataram gritos, ameaças e até confissões de Marcelo, que dizia ter matado o pai e jogado o corpo no lixo. A polícia agora investiga se o crime teve motivação financeira, já que o idoso era beneficiário de duas aposentadorias.
O caso, que choca pela frieza e pelo abandono, levanta questões sobre saúde mental, violência familiar e falhas na rede de proteção social. A polícia aguarda o laudo do IML para confirmar a causa da morte e o tempo exato do óbito. Enquanto isso, os irmãos permanecem sob custódia, e a vizinhança tenta entender como um horror desses pôde se esconder por tanto tempo atrás de uma porta fechada.