Casos de raiva bovina acendem alerta em propriedades rurais do Acre

Acre
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O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) confirmou três casos de raiva bovina em propriedades rurais do estado, dois em Mâncio Lima e um em Cruzeiro do Sul. A doença, transmitida por morcegos hematófagos, não tem cura e pode levar os animais à morte. Um quarto caso, também em Mâncio Lima, está sob monitoramento e aguarda confirmação laboratorial. A identificação dos focos levou o Idaf a intensificar ações de orientação, captura de morcegos e reforço na vacinação dos rebanhos.

Segundo o médico veterinário Diego Muniz, a vacinação anual é a principal medida preventiva contra a raiva bovina, que representa risco à saúde pública e prejuízo econômico para produtores. Os sintomas nos animais incluem salivação excessiva, dificuldade de locomoção, paralisia dos membros traseiros e convulsões. Ao notar sinais de mordidas de morcegos ou alterações neurológicas, o produtor deve notificar o Idaf em até 24 horas. O contato com a saliva de animais infectados também pode representar risco de transmissão para humanos.

Além da atuação nas propriedades afetadas, o Idaf orienta que pessoas que tiveram contato com animais suspeitos procurem imediatamente uma unidade de saúde para iniciar o protocolo pós-exposição. A Secretaria de Saúde reforça a importância da vacinação de cães e gatos como forma de prevenção da raiva humana. A doença, considerada uma zoonose grave, tem letalidade próxima de 100% e pode afetar qualquer mamífero. Em regiões com histórico de casos, a imunização anual do rebanho é considerada essencial para evitar novos surtos e proteger a cadeia produtiva.