Rio Branco encerrou junho de 2025 como a capital com a maior variação mensal de inflação entre todas as pesquisadas pelo IBGE, atingindo 0,64% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esse desempenho reflete a forte pressão de itens específicos como o cinema, que registrou uma alta expressiva de 77,22%, e a energia elétrica, com aumento considerável. Frutas como o limão (12,04%) e o mamão (11,63%) também contribuíram para esse cenário. Em termos de impacto no índice, cinema e energia elétrica juntos adicionaram quase meio ponto percentual (0,469 p.p), revelando a magnitude desses reajustes na composição final da inflação local.
Apesar da amplitude dos aumentos, o Índice de Difusão Inflacionária (IDI) mostrou leve recuo, sinalizando que os reajustes se tornaram menos disseminados em relação ao total de itens monitorados. Ainda assim, os núcleos de inflação — que excluem variações sazonais e itens voláteis — permaneceram em patamares elevados, sugerindo estabilidade das pressões subjacentes e exigindo atenção contínua dos formuladores de políticas públicas. A exclusão dos itens mais impactantes poderia reduzir a inflação mensal a apenas 0,17%, indicando o caráter pontual, mas decisivo, desses aumentos.
Segundo Monitoramento feito pela PET Economia da UFAC, o comportamento do IPCA em Rio Branco reflete uma combinação de fatores locais, preços regulados e choques de oferta concentrados. Embora o IDI indique alguma redução na disseminação dos aumentos, os núcleos de inflação revelam persistência na tendência inflacionária. O cenário exige monitoramento constante por parte das autoridades para preservar a estabilidade econômica e antecipar novas pressões que possam surgir, sobretudo em serviços essenciais e itens de consumo cotidiano.