Em um dia de intensa violência, aviões russos e sírios lançaram bombardeios em Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, após uma ofensiva surpresa de insurgentes jihadistas que tomou o controle de grande parte da cidade. A aliança de facções rebeldes, liderada pela organização militante Hayat Tahrir al-Sham (HTS) e apoiada pela Turquia, penetrou profundamente na cidade, conforme relatado pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
As forças rebeldes, consideradas uma das mais poderosas do noroeste da Síria, controlam grandes áreas da região de Idlib e partes das províncias vizinhas de Aleppo, Hama e Latakia. Fontes militares sírias afirmam que povoados nos arredores também sofreram ataques aéreos das forças russas e sírias, forçando cerca de 14 mil habitantes a deixarem suas casas, segundo as Nações Unidas.
Desde setembro de 2015, as forças russas têm lutado ao lado das tropas leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad, em uma tentativa de reprimir uma revolta de várias forças rebeldes que se seguiu à repressão do governo sírio aos protestos pró-democracia em 2011. A recente explosão de combates ocorre após um período em que a guerra civil da Síria era considerada amplamente contida.