Diretor-geral da Binance, Guilherme Haddad Nazar foi acusado de operar uma instituição financeira sem autorização e de suposta gestão fraudulenta
Por Redação, O Antagonista
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras da Câmara dos Deputados pediu nesta segunda-feira (9) o indiciamento de Guilherme Haddad Nazar (foto), sobrinho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Diretor-geral da Binance, ele foi acusado de operar uma instituição financeira sem autorização e de suposta gestão fraudulenta.
Após ser protocolado, o relatório final do deputado Ricardo Silva (PSD-SP), que contém 509 páginas, foi aprovado por unanimidade pelo colegiado.
Além do sobrinho de Haddad, o documento também pediu o indiciamento de 44 pessoas, entre elas o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, os sócios da agência de viagens 123milhas e outros três diretores da Binance.
Em nota, a corretora de Nazar criticou o relatório produzido por Ricardo Silva, dizendo que atua proativamente com as autoridades para para detectar atividades suspeitas e combater fraudes.
“Rechaçamos veementemente, porém, quaisquer tentativas de transformar a Binance em alvo, ou ainda expor seus usuários e funcionários, com alegação de más práticas sem nenhuma comprovação, em meio a disputas concorrenciais dada a posição de liderança da empresa no Brasil e no mundo”, afirmou.
O relatório final também traz sugestões do deputado Alfredo Gaspar (União-AL) para que o Ministério Público Federal (MPF) apure especificamente as condutas da Binance, a maior exchange global do segmento de venda de ativos digitais no Brasil.
O parlamentar recomenda que a empresa seja investigada por possíveis infrações à ordem econômica, incluindo os crimes de sonegação e evasão fiscal, lavagem de dinheiro e financiamento ao crime organizado e ao terrorismo.
Com informações de Agência Câmara.
