O Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) recomendou oficialmente à Secretaria de Saúde do estado que proíba a realização de internatos por estudantes de medicina formados no exterior sem convênios oficiais. A medida, segundo a presidente Leuda Dávalos, visa proteger a população de práticas médicas irregulares e reforçar o compromisso com a ética profissional. A recomendação, publicada no fim de abril, atende também a uma solicitação do Ministério Público Estadual.
A orientação é clara: sem acordo formal entre universidades estrangeiras e instituições brasileiras, nenhum estágio ou internato pode ocorrer em solo acreano. Médicos que desrespeitarem a norma poderão ser responsabilizados ética, civil e criminalmente. A presidente do CRM, que também se formou fora do país, fez questão de destacar que seguiu todos os trâmites legais para revalidar seu diploma e que sua trajetória não pode ser usada como justificativa para burlar a legislação.
A decisão reacende o debate sobre a presença de estudantes estrangeiros em unidades de saúde brasileiras e coloca pressão sobre gestores públicos para garantir que apenas profissionais legalmente habilitados atuem junto à população. Para o CRM, o foco é um só: proteger o paciente e garantir a qualidade do atendimento médico no estado.