O município de Rio Branco pode enfrentar, em 2025, a sexta cheia consecutiva do Rio Acre. O alerta foi feito pelo coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, após a confirmação do retorno do fenômeno climático La Niña, que influencia diretamente o regime de chuvas na região amazônica. Segundo Falcão, o estado vinha operando sob neutralidade meteorológica desde abril, sem a presença de fenômenos como El Niño ou La Niña. No entanto, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) confirmou recentemente o início de uma nova fase da La Niña, o que pode alterar significativamente o padrão de chuvas nos próximos meses.
Embora o fenômeno ainda seja considerado fraco, a Defesa Civil mantém atenção redobrada. Falcão explicou que o resfriamento das águas do Oceano Pacífico, característico da La Niña, tende a intensificar as chuvas na Amazônia Ocidental, elevando o risco de transbordamento do Rio Acre. A previsão de uma nova enchente ainda é incerta, mas não descartada. O coordenador destacou que, como ocorre anualmente, uma reunião técnica com meteorologistas e órgãos parceiros será realizada em novembro para avaliar os modelos climáticos e traçar estratégias de prevenção. A análise mais precisa sobre o volume de chuvas será possível apenas com o avanço do fenômeno.
A possibilidade de uma nova cheia preocupa autoridades e moradores, especialmente após cinco anos consecutivos de enchentes que afetaram milhares de famílias em Rio Branco. A Defesa Civil reforça que o monitoramento climático está sendo feito de forma contínua e que medidas preventivas serão adotadas conforme a evolução dos dados. Falcão ressaltou que o momento exige cautela e planejamento, e que a população será informada sobre qualquer mudança significativa no cenário meteorológico. O foco, segundo ele, é garantir segurança e minimizar os impactos de possíveis eventos extremos.


