Deflação em Rio Branco é puxada pela gasolina, mas núcleos de inflação seguem em alta

Acre

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A Universidade Federal do Acre (UFAC) publicou um estudo detalhado sobre a inflação em Rio Branco, destacando uma deflação de -0,15% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho de 2025. O levantamento, conduzido pelo economista Rubicleis G. Silva, aponta que a principal responsável pela queda foi a gasolina, que sozinha contribuiu com –0,126 pontos percentuais. A redução nos combustíveis teve efeito direto no transporte e indireto em outros setores, como logística e distribuição, aliviando temporariamente o custo de vida na capital acreana.

Apesar do alívio aparente, o estudo alerta que os núcleos de inflação — que excluem itens voláteis — permaneceram positivos, indicando que a pressão inflacionária persiste em serviços e bens industriais. Grupos como Saúde e Cuidados Pessoais e Habitação registraram aumentos, enquanto produtos como perfumes, energia elétrica e atividades culturais também tiveram variações positivas. A análise mostra que a deflação foi pontual e concentrada, sem representar uma tendência ampla de queda nos preços.

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O relatório ainda traz uma perspectiva internacional ao abordar o impacto do “tarifaço” da administração Trump sobre as exportações brasileiras de carne. Segundo o estudo, a redução das vendas para os Estados Unidos pode aumentar a oferta interna e pressionar os preços para baixo, contribuindo para o controle da inflação no Brasil. A UFAC destaca que o monitoramento contínuo desses fatores — tanto locais quanto globais — é essencial para avaliar a sustentabilidade do alívio inflacionário e orientar políticas públicas voltadas à estabilidade econômica no segundo semestre de 2025.