A Polícia Civil do Acre iniciou a apuração do caso envolvendo a recém-nascida Aurora Maria Oliveira Mesquita, de apenas seis dias, que foi internada em estado grave após apresentar ferimentos nas pernas, supostamente causados durante um banho na maternidade de Cruzeiro do Sul. O episódio ocorreu no último domingo (22), e desde então, a criança foi transferida para unidades de saúde em Rio Branco e, posteriormente, para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, devido à gravidade do quadro clínico. O pai da bebê, Marcos Silva Oliveira, registrou boletim de ocorrência, alegando que a filha sofreu queimaduras provocadas por água quente utilizada no banho.
O delegado Vinicius Almeida, responsável pela investigação, esteve no Hospital da Mulher e da Criança Irmã Maria Inete, onde Aurora nasceu, para ouvir a equipe médica e testemunhas. Segundo ele, a médica que havia dado alta para a criança afirmou que a recém-nascida estava em boas condições de saúde antes do banho e que a recomendação era apenas que ela fosse higienizada antes de deixar a unidade. A técnica de enfermagem que aparece nas imagens do momento do banho deve prestar depoimento nesta sexta-feira (27), e outros profissionais envolvidos também serão ouvidos nos próximos dias.
Além da investigação policial, o Ministério Público do Acre acompanha o caso e apura possíveis responsabilidades administrativas e criminais. A Secretaria de Saúde do estado ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido. O caso gerou comoção local e reacendeu o debate sobre os protocolos de segurança e capacitação das equipes em maternidades públicas. A conclusão do inquérito dependerá da análise dos laudos médicos e dos depoimentos colhidos, podendo resultar em responsabilizações caso seja comprovada negligência ou imperícia no atendimento à recém-nascida.
