A Polícia Rodoviária Federal (PRF) surpreendeu ao romper os convênios com os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos) dos Ministérios Públicos estaduais. A medida, oficializada pela Portaria nº 830/2024 do Ministério da Justiça e reforçada pelo OFÍCIO-CIRCULAR Nº 3/2025/DG da Direção-Geral da PRF, contraria o princípio de cooperação institucional que tem sido essencial no enfrentamento eficaz da criminalidade no país.
O procurador-Geral de Justiça Pública, Danilo Lovisaro, emitiu nota sobre o cancelamento dos acordos. Em resumo a nota dizia que, nos últimos anos, a colaboração entre a PRF e os Gaecos resultou em operações de grande impacto, desarticulando redes criminosas e fortalecendo a segurança pública. O fim dessa parceria estratégica não apenas representa um retrocesso, mas também coloca em xeque a eficácia das ações conjuntas que vinham protegendo a sociedade brasileira.
Além do combate ao crime organizado, a PRF desempenha papel crucial em áreas como erradicação do trabalho escravo, combate à prostituição infantil, proteção ambiental e enfrentamento da tortura, sempre em conjunto com os Ministérios Públicos. A interrupção desses projetos essenciais deixa o país vulnerável e distante das melhores práticas globais na luta contra o crime.