A Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos decidiu nesta quinta-feira (22) conceder anistia política à ex-presidente Dilma Rousseff, reconhecendo oficialmente que ela foi vítima de perseguição durante a ditadura militar. Além do gesto simbólico, o Estado brasileiro vai pagar uma indenização de R$ 100 mil à petista, em parcela única.
O voto favorável foi liderado pelo conselheiro Rodrigo Lentz, que também propôs um pedido formal de desculpas em nome do Estado. A decisão foi acompanhada pela maioria dos conselheiros, que destacaram os “20 períodos de perseguição” sofridos por Dilma entre 1969 e 1988, conforme os critérios da Lei 10.559.
A medida reacende o debate sobre o uso de recursos públicos para reparações históricas e ocorre em um momento de forte polarização política no país. Críticos apontam que a decisão tem viés ideológico, enquanto aliados da ex-presidente celebram o reconhecimento como um ato de justiça tardia.
