Em um dia de extrema volatilidade, o dólar atingiu a marca histórica de R$ 6 pela primeira vez, gerando pânico nos mercados financeiros. O aumento foi impulsionado pelas incertezas em torno do novo pacote de corte de gastos e elevação do limite de isenção do Imposto de Renda, anunciado pelo governo na quinta-feira.
Apesar de ter alcançado R$ 6,11 durante a manhã da última sexta-feira, a moeda desacelerou e fechou nos R$ 5,97, após declarações do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
No mercado de ações, o índice Ibovespa teve um dia de recuperação. Depois de uma manhã turbulenta, o principal indicador da bolsa brasileira reverteu as perdas e encerrou com alta de quase 1%, fechando aos 125.668 pontos. No entanto, a bolsa ainda registrou uma queda de 2,46% na semana, refletindo a instabilidade econômica e as preocupações com as políticas fiscais do governo.
Enquanto o dólar subiu 3,21% na semana, atingindo um pico que não era visto desde a criação do real, o euro também seguiu essa tendência, fechando em R$ 6,348. O Banco Central optou por não intervir no câmbio, deixando o mercado ajustar-se às novas expectativas econômicas. Em meio a esse cenário, as declarações de Haddad sobre possíveis revisões no pacote fiscal proporcionaram um alívio temporário aos investidores.