Dólar recua e Bolsa bate recorde após sinal positivo de Trump a Lula na ONU

Acre

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O mercado financeiro brasileiro reagiu com otimismo nesta terça-feira (23) após o encontro informal entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. O dólar operou em queda de 0,8%, cotado a R$ 5,296, enquanto o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, atingiu novo recorde histórico, ultrapassando os 146,8 mil pontos. A aproximação entre os líderes, marcada por declarações amistosas e a promessa de uma reunião na próxima semana, foi interpretada como um sinal de possível distensão nas relações diplomáticas e comerciais entre Brasil e Estados Unidos.

Além do gesto de cordialidade entre Lula e Trump, o mercado também repercutiu a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que voltou a criticar o nível elevado da taxa de juros. A combinação de fatores internos e externos contribuiu para o desempenho positivo da Bolsa, que acumula alta de 2,61% em setembro e 20,65% no ano. Já o dólar, que vinha em trajetória de valorização, acumula queda de 1,55% no mês e de 13,63% em 2025 frente ao real, refletindo maior confiança dos investidores.

O aceno de Trump a Lula ocorre em meio a tensões diplomáticas, após o governo norte-americano anunciar sanções contra autoridades brasileiras, incluindo familiares de ministros do Supremo Tribunal Federal. Apesar das divergências, o republicano afirmou que teve uma “química excelente” com o presidente brasileiro e que pretende discutir tarifas comerciais em um encontro futuro. A sinalização de diálogo entre os dois líderes foi bem recebida pelo mercado, que vê na retomada das negociações uma oportunidade para reduzir incertezas e fortalecer a estabilidade econômica.