A Fundação Nacional dos Povos
Indígenas (Funai) ressaltou nesta terça-feira (11) a importância de os governos
investirem em políticas locais de combate ao narcotráfico em terras indígenas.
Foi durante a videoconferência “Evento Paralelo: Políticas de drogas e povos
indígenas: fortalecimento da resiliência das comunidades por meio de uma
abordagem baseada em direitos humanos e desenvolvimento alternativo na região
amazônica”. O evento virtual contou com representantes do Brasil, Colômbia,
Peru, Alemanha e França.
A reunião teve como objetivo
discutir os desafios e as oportunidades na promoção de uma abordagem
abrangente, com foco no desenvolvimento alternativo e no acesso aos direitos
das populações indígenas dentro das políticas de drogas, especialmente na região
amazônica. Foram apresentados estudos e esforços internacionais para o
desenvolvimento sustentável, proteção ambiental e garantia de direitos
fundamentais aos povos indígenas, além de perspectivas sobre o aprimoramento de
políticas de drogas e desenvolvimento alternativo em contextos indígenas.
Representada pela presidenta
Joenia Wapichana, a Funai destacou a necessidade de os países ouvirem os povos
indígenas para ações mais efetivas de combate às drogas. “A política de combate
às drogas em terras indígenas precisa ser permanente. Mais do que ter guias e
ter pesquisas, é importante considerar a voz dos povos indígenas e que as suas
estratégias locais de sustentabilidade também sejam fortalecidas para que eles
não cedam às pressões do narcotráfico como se fosse uma única alternativa
econômica”, salientou Joenia Wapichana, acrescentando que os povos indígenas
estão fazendo um apelo ao mundo. “Eles já contribuíram muito com a preservação
dos seus territórios. Agora, é hora de apoiá-los nesse momento em que estão
sendo pressionados pelo narcotráfico.”
O evento foi transmitido de
Viena, na Áustria, e realizado pelo Centro de Estudos Sobre Drogas e
Desenvolvimento Social Comunitário (Cdesc), uma parceria entre o Escritório das
Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD) e a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e
Gestão de Ativos (Senad), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança
Pública (MJSP). O Cdesc visa fortalecer as comunidades indígenas em territórios
afetados pelo tráfico de drogas.
Assessoria de
Comunicação/Funai
