Embate entre Nikolas Ferreira e Whindersson Nunes expõe polarização nas redes

Acre

generated_image252028829 Embate entre Nikolas Ferreira e Whindersson Nunes expõe polarização nas redes

A morte do influenciador conservador norte-americano Charlie Kirk, assassinado a tiros durante um evento universitário em Utah, nos Estados Unidos, desencadeou uma série de reações nas redes sociais, incluindo um embate público entre o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o humorista Whindersson Nunes. Desde a última quinta-feira (11), os dois têm trocado provocações no X (antigo Twitter), após o parlamentar iniciar uma campanha contra usuários que ironizaram o assassinato. Ferreira chegou a expor nomes e locais de trabalho de internautas, o que gerou críticas sobre sua postura e reacendeu debates sobre violência política e liberdade de expressão.

O confronto ganhou novos contornos no domingo (14), quando Nikolas publicou uma imagem do cantor Vitão maquiado, insinuando que Whindersson teria “perdido a mulher”, em referência ao antigo relacionamento do humorista com Luísa Sonza. Em resposta, Whindersson compartilhou uma foto antiga do deputado, ainda adolescente, e ironizou o ataque. A troca de farpas reacendeu uma rivalidade já conhecida entre os dois, que protagonizaram outros embates em 2024. A postura do parlamentar também foi alvo de críticas por suposta incoerência, já que internautas resgataram declarações suas minimizando o assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018.

A repercussão internacional da morte de Kirk, fundador da organização conservadora Turning Point USA e aliado de Donald Trump, ampliou o alcance das discussões. Com milhões de seguidores, Kirk era conhecido por seu estilo confrontativo e por disseminar teses conspiratórias sobre as eleições de 2020. O suspeito do crime, Tyler Robinson, de 22 anos, está sob custódia. Enquanto Nikolas mobiliza campanhas para punir quem ironizou o caso, críticos apontam que o parlamentar mede episódios de violência política com pesos diferentes, dependendo da ideologia das vítimas. O embate com Whindersson, nesse contexto, tornou-se símbolo da polarização que domina o debate público brasileiro.