O Ministério da Educação anunciou que o Enem 2025 voltará a oferecer certificação para quem não concluiu o ensino médio, medida que havia sido extinta em 2016. A decisão, revelada pelo ministro Camilo Santana, reacende discussões sobre a função do exame e a qualidade da formação dos estudantes que buscam o diploma fora da escola tradicional. O edital com as regras será publicado nesta sexta-feira (23), mas o governo já confirmou que a simples participação nas provas poderá garantir o certificado.
A mudança ocorre em meio a uma série de reformulações no Enem, que também passará a pré-inscrever automaticamente todos os alunos do 3º ano do ensino médio, sejam de escolas públicas ou privadas. A medida é vista por especialistas como uma tentativa de ampliar o alcance do exame, mas levanta dúvidas sobre a preparação dos candidatos e a real eficácia do modelo como instrumento de avaliação e certificação.
Enquanto isso, o MEC evita detalhar como será feita a validação dos conhecimentos dos candidatos que buscam o diploma via Enem. A retomada da certificação, embora comemorada por parte da população, pode abrir brechas para questionamentos sobre a equivalência entre o ensino formal e a aprovação em uma única prova. A promessa de democratização do acesso à educação esbarra, mais uma vez, na falta de clareza sobre os critérios de qualidade.
