Enfermeira morre com sinais de agressão em UPA de Rio Branco; namorado é preso por suspeita de feminicídio

Acre
Captura2520de2520tela25202025-07-012520101516 Enfermeira morre com sinais de agressão em UPA de Rio Branco; namorado é preso por suspeita de feminicídio

A enfermeira Jonnavila Mendes, de 32 anos, morreu na noite de domingo, 29 de junho, após dar entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Segundo Distrito de Rio Branco com dificuldades respiratórias e dores no corpo. A paciente perdeu a consciência ainda na triagem e, apesar das tentativas de reanimação, faleceu às 22h. O caso está sendo investigado como possível feminicídio.

Jonnavila foi levada à unidade pelo próprio companheiro, identificado como A. P. S. L., que foi preso na noite seguinte. Durante o preparo do corpo, a equipe médica identificou hematomas em várias partes do corpo da vítima, o que levou à comunicação imediata à Polícia Militar e ao Instituto Médico Legal (IML). O caso foi encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).

Relatos de familiares indicam que a enfermeira vinha sofrendo agressões recorrentes. Segundo os depoimentos, ela havia se afastado do convívio social e da própria família desde o início do relacionamento com o suspeito. Há registros de controle excessivo, como monitoramento do celular, desativação de redes sociais e pressão para que deixasse um dos empregos. Também há indícios de que Jonnavila usava roupas longas para esconder possíveis lesões.

Em maio, uma denúncia anônima relatou violência doméstica, mas a vítima negou as agressões ao ser ouvida. Vizinhos confirmaram a existência de brigas frequentes e relataram ameaças por parte do suspeito.

Após a morte, familiares precisaram do apoio da Polícia Militar para recuperar pertences da vítima, como o celular e o carro. Segundo a família, o suspeito apagou mensagens do aparelho antes de entregá-lo.

Com base nas denúncias e no histórico de violência, a Justiça concedeu medida protetiva à família da vítima. A segurança foi reforçada durante o velório para evitar confrontos. A investigação segue em andamento, e o resultado do laudo cadavérico será fundamental para confirmar a causa da morte. A audiência de custódia do suspeito está prevista para esta terça-feira, 1º de julho.