O estado do Acre vive uma escalada preocupante nos casos de dengue em 2025, conforme dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre). Até o dia 13 de outubro, foram contabilizadas 26.852 notificações da doença, das quais 7.120 já foram confirmadas e outras 1.244 seguem em análise. O cenário epidemiológico indica uma disseminação acelerada do vírus, com impacto direto na rede pública de saúde e na rotina das populações afetadas. A magnitude dos números reforça o alerta das autoridades sanitárias, que monitoram a evolução dos casos e buscam ampliar as ações de controle do mosquito transmissor.
Quatorze municípios acreanos foram classificados com alta incidência da doença, superando a marca de 300 casos por 100 mil habitantes. Entre eles estão Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó e Mâncio Lima, que concentram parte significativa dos registros. A situação crítica nessas localidades exige respostas urgentes, como intensificação das campanhas de prevenção, mutirões de limpeza e reforço na estrutura hospitalar. A presença do Aedes aegypti em áreas urbanas e rurais, aliada às condições climáticas favoráveis à sua proliferação, contribui para o avanço da epidemia.
Além dos municípios em alerta máximo, outras quatro cidades apresentam média incidência, como Xapuri e Plácido de Castro. Apenas quatro localidades, incluindo Brasileia e Acrelândia, foram classificadas com baixa circulação do vírus. A distribuição geográfica dos casos revela que a dengue se espalhou de forma quase homogênea pelo estado, exigindo estratégias regionais específicas para conter o surto.
