O cenário, porém, traz desafios adicionais: cerca de 23% da população brasileira nunca consultou um cardiologista, e o número de jovens diagnosticados com doenças cardiovasculares segue em crescimento, impulsionado pelo estilo de vida acelerado, mais alimentação e falta de atividade física. Nas mulheres, as doenças cardíacas já ultrapassaram o câncer de mama como principal causa de morte, demonstrando que fatores biológicos, comportamentais e até hormonais influenciam o risco desse grupo. Diante dessa realidade, os programas nacionais enfatizam a importância do check-up regular, composição individualizada do risco e disseminação de hábitos saudáveis desde a infância.
“Prevenir é viver saudável: coma bem, mexa-se, durma, evite fumo e álcool, essa é a melhor forma de cuidar da saúde do coração”, disse a cardiologista e especialista em distúrbios do sono, Drª. Joseane Tonussi.
Em resposta à alta prevalência, o investimento em ações de prevenção e atenção primária à saúde cardiovascular tem sido ampliado, com foco em campanhas educativas, acessibilidade a exames e modernização dos tratamentos – incluindo serviços de emergência e procedimentos de alta complexidade. Especialistas destacam que pequenas mudanças no cotidiano, como manter uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos e controlar fatores como a pressão arterial, apresentam impacto direto na redução da incidência e gravidade das doenças cardíacas.