Na manhã desta segunda-feira (20), estudantes universitários e representantes de movimentos sociais realizaram uma manifestação no Terminal Urbano de Rio Branco em protesto contra as condições do transporte coletivo da capital acreana. O ato, que ocorreu de forma pacífica, foi mantido mesmo após uma decisão judicial impedir o bloqueio total do terminal. Os participantes exibiram faixas e palavras de ordem, reivindicando melhorias estruturais e administrativas no sistema de ônibus, que tem sido alvo de críticas por falhas recorrentes e falta de acessibilidade.
Durante o protesto, a estudante de Nutrição da Universidade Federal do Acre (Ufac), Eduarda, destacou problemas como a ausência de veículos adaptados, constantes quebras mecânicas e longas esperas nas paradas. Ela também apontou a falta de licitação regular como um dos principais entraves para a melhoria do serviço. Segundo Eduarda, o contrato emergencial vigente há anos deveria ter sido substituído por um processo licitatório definitivo, o que não ocorreu. A insegurança enfrentada por usuários, especialmente mulheres em horários noturnos, foi outro ponto levantado pela estudante.
O vereador André Kamai (PT) também esteve presente e criticou a gestão municipal pela ausência de transparência e pela continuidade do contrato emergencial com a empresa Ricco Transporte. Kamai afirmou que o valor total da tarifa, somando o que é pago pelo usuário e pela prefeitura, chega a R$ 7,20 — um dos mais altos do país — sem oferecer um serviço compatível. Para ele, a mobilização representa a insatisfação de estudantes e trabalhadores que enfrentam diariamente um transporte precário, sem abrigo nas paradas e com veículos sucateados.


