Um estudo recente realizado pelo Instituto Patrícia Galvão e pela Consulting do Brasil revela que duas em cada dez mulheres no Brasil já foram ameaçadas de morte por parceiros ou ex-parceiros, com mulheres negras sendo as mais afetadas. Embora 60% das ameaçadas tenham rompido com os agressores, a maioria acredita que esses indivíduos permanecem impunes, contribuindo para o aumento dos casos de feminicídio. O estudo contou com o apoio do Ministério das Mulheres e foi viabilizado por uma emenda da deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP).
A pesquisa indica que apenas 30% das mulheres ameaçadas prestaram queixa à polícia, e 17% solicitaram medidas protetivas. Apesar de 80% das brasileiras considerarem a rede de atendimento boa, ela é vista como insuficiente para atender à demanda. Quase todas as mulheres entrevistadas (90%) acreditam que os casos de feminicídio aumentaram nos últimos cinco anos, enquanto 42% acham que as ameaças não representam um risco real de serem assassinadas pelos agressores.
A diarista Zilma Dias compartilhou a história trágica de sua sobrinha Camila, vítima de feminicídio aos 17 anos, e sua própria experiência de violência doméstica, destacando a necessidade urgente de um atendimento mais eficaz às mulheres ameaçadas. A versão completa da pesquisa pode ser acessada no site do Instituto Patrícia Galvão.
Com Informações da Agência Brasil