O ex-assessor da Prefeitura de Rio Branco, Helder Cotta Paiva, foi condenado pela Justiça a três anos de reclusão por assediar sexualmente uma servidora da Câmara Municipal, em um caso que gerou grande repercussão no Estado.
E DEU EM QUÊ?
A sentença, proferida pela juíza Isabelle Sacramento, determinou que a pena fosse substituída por prestação de serviços à comunidade, já que o crime não envolveu violência ou grave ameaça e a pena foi inferior a quatro anos. Paiva, que à época era assessor especial do prefeito Tião Bocalom, ainda poderá recorrer da decisão em liberdade.
O QUE ACONTECEU?
O episódio aconteceu em junho do ano passado, dentro da Câmara Municipal, quando a vítima afirmou ter sido abraçada por trás e assediada com palavras de teor erótico, em frente a outras pessoas.
E VAI FICAR POR ISSO?
O caso ganha um novo contorno político, já que o prefeito Tião Bocalom vetou recentemente um projeto de lei que proibiria a nomeação de pessoas condenadas por crimes de violência doméstica, familiar ou sexual para cargos públicos municipais.
A decisão gerou controvérsia, com críticos apontando que o veto envia uma mensagem equivocada sobre a posição do governo em relação à violência contra as mulheres.
LOBO SOLITÁRIO?
O único vereador que se opôs ao projeto foi Arnaldo Barros (Podemos), que alegou que o texto poderia causar injustiças e culpou a imprensa por supostas “armações”, sem fornecer provas concretas.
O veto de Bocalom ainda não foi publicado no Diário Oficial, mas já está gerando debates acalorados sobre as medidas de combate à violência e à impunidade.