As exportações de café do Brasil para os Estados Unidos registraram uma queda expressiva de 46,6% entre os dias 1º e 25 de agosto de 2025, segundo dados preliminares do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). No período, foram embarcadas 193,9 mil sacas, contra cerca de 450 mil em julho. A retração é atribuída à combinação entre a menor produção nacional e o impacto do tarifaço comercial imposto pelo governo norte-americano, que elevou em 50% as taxas sobre o café brasileiro.
A medida, anunciada pela Casa Branca sob a gestão do presidente Donald Trump, colocou o café em flagrante desvantagem competitiva no mercado norte-americano. Apesar disso, o Cecafé afirma que não há sinais de redução no consumo nos EUA, mas alerta que o aumento de preços será sentido diretamente pelo consumidor. O diretor técnico da entidade, Eduardo Heron, destacou que o tarifaço não é o único fator, mas contribui significativamente para o recuo nas exportações, agravado pela safra menor em 2025.
O Brasil busca negociar a inclusão do café na lista de exceções às tarifas, alegando que o produto não pode ser cultivado em solo norte-americano. O secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, admitiu a possibilidade de isenção para itens como café, cacau e frutas tropicais, desde que os países exportadores abram seus mercados para produtos como a soja americana. O café, um dos principais itens do agronegócio brasileiro, enfrenta agora um cenário de incerteza comercial, com impactos diretos na cadeia produtiva e na balança comercial do se
