O Supremo Tribunal Federal (STF) elegeu na última quarta-feira (13) o ministro Edson Fachin como novo presidente da Corte, com posse prevista para 29 de setembro. A eleição, que segue a tradição da antiguidade entre os ministros, também definiu Alexandre de Moraes como vice-presidente. Fachin recebeu dez votos, número que reflete o apoio unânime dos colegas, já que, por costume, o ministro eleito não vota em si mesmo. A sucessão ocorre em um momento de alta relevância institucional, com desafios jurídicos e políticos no cenário nacional.
Durante a cerimônia, o atual presidente do STF, Luís Roberto Barroso, elogiou a escolha, destacando a integridade e a capacidade intelectual de Fachin. Em seu discurso, o novo presidente afirmou que sua gestão será pautada pela valorização da colegialidade, da pluralidade e do diálogo. “Recebo essa missão com o compromisso de fortalecer o papel do Supremo como guardião da Constituição e da democracia”, declarou. Moraes, por sua vez, classificou como uma honra a oportunidade de compor a nova direção da Corte e reafirmou seu compromisso com os valores democráticos.
A mudança na presidência também altera a composição das Turmas do STF. Fachin deixará a Segunda Turma, sendo substituído por Barroso, enquanto Moraes permanece na Primeira Turma, responsável por julgar casos de alta repercussão, como os relacionados à tentativa de golpe de Estado. A nova liderança do Supremo é vista como estratégica para garantir estabilidade institucional e continuidade nas pautas centrais da Corte. O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, também parabenizou os eleitos, destacando a dedicação e o compromisso de ambos com a Justiça brasileira.