O encerramento das atividades da agência Imperador Galvez, da Caixa Econômica Federal, localizada na região central de Rio Branco, gerou apreensão entre comerciantes, moradores e representantes do setor bancário. A medida foi anunciada nesta terça-feira (30), durante audiência pública na Câmara Municipal, com críticas do presidente do Sindicato dos Bancários da Caixa, Eudo Rafael Lima da Silva. Segundo ele, a unidade atendia majoritariamente pequenos empreendedores, autônomos e cidadãos vindos do interior do Acre e do Amazonas, e seu fechamento compromete o acesso a serviços essenciais como saques, depósitos e atendimento presencial.
Além da retirada dos caixas eletrônicos, outra agência situada na estação comercial também deixará de operar com dinheiro em espécie, agravando o cenário de desassistência bancária na área. O sindicalista classificou a decisão como um retrocesso, especialmente em um momento de retomada econômica. Ele argumenta que, apesar do lucro registrado pela Caixa no último ano, o banco público tem reduzido sua atuação em regiões vulneráveis. A ausência de opções bancárias com numerário, após o fechamento de unidades do Banco do Brasil e do Itaú, deixa a população sem alternativas viáveis para operações básicas.
Durante a audiência, Eudo solicitou apoio dos vereadores, da prefeitura e do governo estadual para tentar reverter a decisão. Ele defendeu que, em vez de encerrar unidades, a Caixa deveria ampliar sua presença em bairros periféricos e cidades sem cobertura bancária. A mudança, segundo o sindicato, pode prejudicar o acesso a benefícios como FGTS, seguro-desemprego e programas sociais, além de romper vínculos de confiança entre clientes e gerentes locais.