A estudante de Medicina da Universidade Federal do Acre (Ufac), Assúria Mesquita, enfrenta repercussões legais e sociais após publicações ofensivas e preconceituosas na rede X. As declarações, que viralizaram, incluem falas como “tenho asco de acreanos” e outras que desrespeitam a população local. O Sindicato dos Médicos do Estado do Acre (Sindmed-AC) repudiou veementemente os atos, destacando que a Medicina deve ser exercida com respeito à vida e à dignidade humana, conforme o Código de Ética Médica.
O Ministério Público do Acre (MP-AC), por meio da Promotoria Especializada de Defesa dos Direitos Humanos, requisitou um inquérito policial para investigar os comentários discriminatórios, que podem configurar xenofobia, crime tipificado pela Lei Nº 9.459/97. Em nota, o pai da estudante, Assurbanipal Mesquita, secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia do Acre, repudiou as falas da filha, manifestou solidariedade às pessoas ofendidas e destacou que Assúria já realizou uma retratação pública.
O caso tem gerado um debate amplo sobre preconceito e responsabilidade social, além de colocar a Ufac em evidência por conceder auxílio estudantil da PROEX à jovem, filha de um secretário com salário superior a R$30 mil. As investigações continuam para determinar as consequências legais e institucionais.
