O governo federal avalia uma proposta que pode gerar economia de até R$ 9 bilhões por ano aos brasileiros: o fim da obrigatoriedade de frequentar autoescolas para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Atualmente, o custo médio para tirar a habilitação varia entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, dependendo do estado. Com a nova medida, o valor pode cair para menos de R$ 1 mil, tornando o processo mais acessível à população. A iniciativa busca desburocratizar o acesso à CNH e reduzir barreiras financeiras que impedem milhões de brasileiros de se habilitarem.
Pelo novo modelo, o candidato continuará sendo submetido às provas teórica e prática, mas poderá estudar por conta própria, com apoio de conteúdo online ou presencial em instituições credenciadas. A carga horária mínima de 20 horas de aula prática deixaria de ser obrigatória, e o treinamento poderia ser feito com instrutores autônomos credenciados pelos Detrans. Esses profissionais seriam identificados pela Carteira Digital de Trânsito e habilitados por meio de cursos digitais oferecidos pela Senatran. A proposta também prevê que o conteúdo teórico esteja disponível gratuitamente em plataformas como YouTube.
Apesar da expectativa de economia e inclusão, a proposta enfrenta resistência de autoescolas e entidades do setor, que alertam para o risco de aumento nos acidentes de trânsito. O Ministério dos Transportes defende que o foco é ampliar o acesso à habilitação sem comprometer a segurança viária. A medida ainda está em fase de avaliação e poderá passar por ajustes antes de ser implementada. Caso aprovada, representará uma mudança significativa na formação de condutores no Brasil, com impacto direto na economia e na mobilidade urbana.